Internazionale bate o Palermo e, conquista a Copa da Itália

A temporada não foi muito boa para a Internazionale. Os dois títulos conquistados pelo clube, até este domingo, haviam sido em 2010: a Supercopa Italiana, em apenas um jogo, no mês de agosto, e o Mundial Interclubes, em duas partidas, em dezembro. Depois que Leonardo assumiu o time, no entanto, duas decepções: eliminação na Liga dos Campeões para o Schalke 04 e apenas o vice no Campeonato Italiano, conquistado pelo rival Milan.

Ao menos, neste domingo, no entanto, o clube conseguiu fechar a temporada com um "prêmio de consolação". Com dois gols do camaronês Samuel Eto'o, grande artilheiro do time no ano, e um de Milito, a Internazionale bateu o Palermo, que chegou a jogar melhor, mas não conseguiu transformar sua superioridade em gols, por 3 a 1, no Estádio Olímpico de Roma, e conquistou o bicampeonato da Copa Itália - foi também o sétimo título da equipe na história da competição e o primeiro do brasileiro Leonardo como técnico.

A partida também foi especial para o argentino Javier Zanetti, de 37 anos, que chegou ao seu 16º título com a camisa do Inter de Milão, clube que ele defende desde 1995. O duelo foi o jogo de número 1003 do lateral em sua carreira como jogador profissional. E ele nem pensa em parar.

Considerado a zebra da decisão, o Palermo começou a partida melhor, comandado pelo argentino Javier Pastore, que é pretendido por diversos clubes europeus. O meia criou as melhores jogadas de ataque da equipe e quase marcou aos 20 minutos, em chute de fora da área que passou perto do gol de Julio César. Logo depois, Abel Hernandéz, de canhota, também levou perigo ao Inter.

Mas quem abriu o placar foi a Internazionale. E não poderia ser com outra pessoa: Samuel Eto'o recebeu lindo passe de Sneijder, aos 26, e bateu com categoria na saída de Sirigu, arqueiro do Palermo: 1 a 0. O gol não mudou muita coisa no panorama do jogo. O Palermo seguiu tendo as melhores oportunidades, e com um bate-rebate na área, novamente Hernandéz por pouco não fez o gol de empate aos 35.

No segundo tempo, o veterano Miccoli entrou em campo e começou a causar ainda mais perigo aos zagueiros do Inter. Julio César fez grande defesa em finalização do atacante, de cabeça, aos 14 minutos da etapa final. A pressão continuou, com Hernandéz, Miccoli e Pastore inspirados. Ao que tudo indicava, o gol de empate era questão de tempo. Aos 18, grande triangulação pelo lado direito, mas Hernandéz chutou mal e a bola sobrou para a zaga do Inter.

Só que, como no primeiro tempo, Sneijder e Eto'o brilharam novamente. Parecia até replay do primeiro gol. Com outro passe preciso do apoiador holandês, o camaronês apareceu sozinho pelo lado direito da área, e com tranquilidade tocou na saída do goleiro: 2 a 0, aos 31 da etapa final. Um duro banho de água fria no Palermo e uma explosão de êxtase nos interistas.

Antes do apito final, o Palermo ainda diminuiu, em gol de cabeça de Muñoz, aos 43. E ainda deu tempo para uma confusão, ao árbitro, Emidio Morganti dar 5 minutos de acréscimo, o técnico do Palermo, Delio Rossi, ficou irritado, pois queria mais, acabou sendo expulso por reclamação. E pouco depois, o autor do gol siciliano, Ezequiel Muñoz, foi expulso por cometer uma falta em Milito. E passado a confusão, a Internazionale foi ao ataque novamente. Eto'o quase marcou em cobrança de falta, mas acertou o travessão, aos 45. Aos 46, no entanto, não teve jeito. Pandev avançou pela ponta esquerda e cruzou rasteiro para Milito fechar o placar: 3 a 1.

Para aqueles que consideravam que o título da Internazionale na Copa da Itália serviria apenas como consolação, o Palermo deu uma boa resposta, valorizando a partida com um ótimo futebol. Sua torcida também deu espetáculo, fazendo muito barulho e cantando demais para incentivar o time, que poderia vencer seu primeiro título nacional. Mesmo com o segundo vice de sua história na competição, a equipe saiu de cabeça erguida e em meio a muitas lágrimas, por ter feito uma partida corajosa e por, provavelmente, dar adeus a alguns nomes importantes. O primeiro deles é Miccoli, que chegou ao clube em 2007 e, desde então, foi o principal jogador e, normalmente, capitão do time, que deve transferir-se ao Lecce, seu clube do coração. O outro é Delio Rossi, que chorou muito após ter sido ovacionado pelos 40 mil torcedores do Palermo no Olímpico e não deve renovar contrato.


Na Inter, o título foi comemorado como se fosse um scudetto ou uma Champions, dando um sinal claro: o time não está cansado de vencer. A comemoração foi longa, contou com declarações de permanência de Eto'o e Milito para 2011-12, presença de Massimo Moratti, presidente nerazzurro. A taça da competição foi levantada pelo capitão nerazzurro, Zanetti, além dela Federação Italiana de Futebol ofereceu outra taça, levantada por Materazzi, em razão dos 150 anos da unificação italiana. Festa especial também para Stankovic, que conquistou o quinto título da competição, um a menos que Roberto Mancini, recordista.

Com o primeiro título de sua carreira como treinador, Leonardo tem o ponto ideal para começar do zero. O brasileiro, que chegou a 21 vitórias em 32 partidas pelo clube, não conta com nenhuma contestação da diretoria, que o vê em totais condições de ser treinador no ano que vem. Leo ficará e terá como primeiro jogo oficial da próxima temporada, a Supercopa italiana, em Pequim, contra o Milan. Um desafio emocional e técnico, visto que Leonardo ainda não ganhou nenhum dérbi em sua carreira. 


Gols da Partida





Gols: Gols da Rodada
Fotos: Reuters

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