Até quando?

  Então ficamos assim: a incorruptível Conmebol estipulou que o valor de uma vida é igual a portões fechados e veto a visitantes indesejados nas arquibancadas da angelical Taça Libertadores da América. 

Um preço exorbitante, fora da realidade das chuteiras furadas no mundo encantado de um 'bando de loucos'. Que acionou os engravatados de colarinho branco do departamento jurídico para protestar veementemente e mudar o rumo.

Eles lançarão mão de todos os recursos para diminuir a taxação, por considerá-la ‘injusta e prejudicial a milhares de inocentes’.

Mais precisamente 82.500 fiéis, que compraram ingresso para os jogos na casa alugada do Pacaembu, e também aos cofres do Sport Club Corinthians Paulista.

As caixas-fortes instaladas na velha Fazendinha deixarão de arrecadar algo em torno de R$ 8,5 milhões com os portões fechados, se o time chegar à final.

Esse foi o valor líquido arrecadado pelo clube em 2012 – sete jogos. Pouco menos que o prêmio pela conquista da América (R$ 11 milhões).

A direção corintiana já comunicou que confia na Justiça e no bom senso da impoluta Conmebol, que perderá por baixo mais de R$ 1 milhão se não abrir os portões (10% da renda bruta).

À família do garoto Kevin Douglas, 14 anos, morto ao receber um sinalizador no rosto em Oruro, pêsames e um minuto de silêncio. É o preço da vida.
Fonte: SR José Roberto Malia
                                

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