As estrelas que não apareceram na Copa

Ser referência, no futebol, não requer a necessidade de, obrigatoriamente, ter feito parte de alguma seleção em Copas do Mundo. Muitas estrelas, representadas por jogadores consagrados, exemplo dentro e até fora das quatro linhas, sequer estiveram na maior competição de futebol do mundo.
Alguns deles, mesmo tendo construído um histórico respeitável, nasceram em países com pouca excelência no esporte, ou deram o azar de representar suas respectivas nações justamente quando esta não estivera na sua melhor safra de jogadores, o que pudera ter comprometido a classificação.
Veja abaixo, 10 jogadores influentes que nunca jogaram uma Copa do Mundo:
1- George Best - O norte-irlandês que brilhou na primeira década, como profissional, no Manchester United, não teve o prazer de jogar uma Copa. Ele, que atuou 49 vezes pela seleção, balançou as redes adversárias em 12 oportunidades. Habilidoso e com faro de gol apurado, não pode colaborar em uma Copa, visto que a Irlanda do Norte só se classificou para os Mundiais de 82 e 86, e, nesse período, já tinha se aposentado da seleção. Em 1958, na primeira aparição do Norn Iron, tinha apenas 12 anos. Ele é o maior jogador do país de todos os tempos.
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2- Ryan Giggs - Ele, que ganhou diversos títulos com a camisa do Manchester United, nunca foi agraciado com a presença em Copas. O atacante fez 12 gols defendendo o País de Gales,em 64 partidas disputadas. Os galeses que, por sinal, tiveram apenas uma participação em Mundiais. Em 58, foram eliminados para o Brasil, nas Quartas de Final, gol de Pelé.
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3- Eric Cantona - Conhecido por ser um jogador bastante temperamental, Cantona, assim como os outros 2 citados anteriormente, fez sucesso no United. Integrava uma seleção que tinha nomes que, em 98, ganhou a competição como anfitriã. No entanto, ele, junto a Desailly, Deschamps e Papin, perderam o último e decisivo jogo, contra a Bulgária, jogando em casa, no final de 1993, e deixaram escapar a classificação para a Copa do ano seguinte. Pelos Bleus, fez 20 gols em 45 partidas.
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4- Heleno de Freitas - Atuou pelo Brasil durante os anos de 44 e 48, justamente no período da 2ª Guerra Mundial e no pós-guerra. Em 38, ainda era junior. Durante a Copa de 50, atuava no Junior de Barranquilla, da Colômbia, e já tinha abandonado a carreira na seleção, muito por atritos com o treinador, Flávio Costa. Venceu a Copa Rocca de 45, e a Copa Rio Branco de 47.
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5- Alberto Spencer - Equatoriano que, apesar de toda maestria com a bola, não fazia parte de um momento áureo ou, ao menos, relevante do futebol do Equador. Fez história no Peñarol. É o maior artilheiro de todos os tempos da Taça Libertadores da América, com 54 gols em 88 jogos.
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6- George Weah - O liberiano que era sinônimo de raça e vigor, ganhou notoriedade quando defendeu o Milan, após passagem pelo futebol francês. Primeiro jogador africano eleito como melhor do mundo, em 1995. Dois anos mais tarde, chegou a disputar a Copa Centenário de Belo Horizonte, que contava com os principais clubes do estado, do Brasil e alguns do exterior. Sua impressionante agilidade não foi suficiente para levar a Libéria ao Mundial.
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7- Ian Rush - Outro atleta galês, bastante identificado pelo Liverpool, por onde atuou durante quase todos anos 80, não teve o prestígio por atuar em uma Copa. É o maior artilheiro do País de Gales, com 28 gols.
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8- Canhoteiro – Um dos mais extraordinários pontas-esquerdas que o Brasil já teve, o maranhense, Canhoteiro, é um dos maiores ídolos de, nada mais, nada menos, do que o Rei do Futebol, Pelé. Ele, que atuou durante toda sua carreira no São Paulo, ao longo dos anos 50 e início da década de 60, sofreu um corte repentino, nas vésperas da Copa de 58, pela vida de boêmio que levava e, também, por assumir o pavor que tinha de avião. Zagallo foi o seu substituto. Em 16 partidas com a amarelinha, fez apenas 1 gol.
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9- Valentino Mazzola – Grande triunfo da Itália para a Copa de 50, Mazzola era um meia-armador, que articulava todas as jogadas da Azzurra e do Torino, clube em que defendia. Ajudou na conquista de 4 títulos do Calcio para a equipe. Morreu após o terrível acidente aéreo que acabou levando todos os jogadores do Torino a óbito, em 1949.
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10- Duncan Edward – Outra vítima de um acidente áereo, Edwars voltava do jogo em que o Manchester United enfrentou o Estrela Vermelha, em Belgrado, pela Liga dos Campeões de 57-58. O avião, em que estava, se lançou em uma nevasca, no Aeroporto de Munique, matando grande parte daquela equipe. Por ironia do destino, ele era um dos que estavam premeditados a se tornar um dos grandes jogadores da Inglaterra. Perdeu a vida na véspera da Copa de 58, aos 21 anos, com toda a promissora carreira pela frente.
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OBS: Arthur Friedenreich, o primeiro grande craque do futebol brasileiro, estava com a idade bem avançada, 37 anos, na Copa de 30, no Uruguai. Mesmo tendo se aposentado da seleção, em 1925, ele continuou por atuar em clubes, tanto que, durante o Mundial de 30 e 34, defendia as cores do São Paulo da Floresta – clube oriundo da fusão entre o Paulistano e Associação Atlética das Palmeiras, e percussor do São Paulo FC -.
Uma rixa entre a CBD e a Federação Paulista impediu que jogadores que atuassem em clubes paulistas defendessem a seleção e, mesmo se ainda tivesse atuando pelo Brasil, não poderia entrar em campo.
Deste modo, também pode ser enquadrado como um dos grandes atletas que ficaram fora das disputas de Mundiais.

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