
O comediante Marcelo Adnet, da Rede Globo, foi do céu ao inferno em 90 minutos. Torcedor da seleção da Bósnia, o brasileiro acompanhou a derrota da equipe para a Nigéria por 1 a 0 no meio dos ultras, cantou todas as músicas, iniciou algumas delas e surpreendeu os líderes da torcida. Com a confirmação da eliminação dos bósnios na segunda rodada do Grupo F, o humorista foi às lágrimas e recebeu o carinho dos torcedores europeus que reconheceram a dedicação do artista no apoio ao time.
Onde está Adnet? Apaixonado pela seleção da Bósnia, não foi difícil imaginar em que local da Arena Pantanal ele estaria. A torcida da Bósnia se concentrou à esquerda da parte superior do setor leste do estádio. O grupo mais animado era formado quase exclusivamente por típicos exemplares de torcedores radicais: homens altos, fortes, tatuados e com cara de poucos amigos. Mas entre tantos seres musculosos, havia alguém que se destacava, que cantava mais alto e com muito mais vibração aquelas músicas de teor incompreensível para os brasileiros. Um rapaz magro, branco, usando boné com a aba para trás. Marcelo Adnet.
Antes do apito inicial só dava ele. O comediante conhecia todas as músicas dos bósnios e alguns dos torcedores pareciam não acreditar no que estavam presenciando. Mas muitos já o conheciam. Marcelo se posicionou no meio dos ultras e foi protegido por alguns deles. Um casal de brasileiros incomodava os bósnios exigindo as cadeiras que estavam marcadas em seus ingressos. Mas os lugares tinham uma posição estratégica para os gigantes europeus, que torciam de pé. Adnet chegou a se irritar com a dupla, mas seus companheiros de torcida impediam um contato mais direto dos "intrusos", abraçando-o e o carregando ainda mais para o centro da torcida.

Com a bola rolando, o ator não parou de cantar. À frente dos torcedores, os líderes iniciavam as canções, incitando os compatriotas a cantar com mais força. Adnet não deixava o ritmo cair, abraçado por homens suados e sem camisas. Em determinado momento da partida, o brasileiro puxou uma das músicas. O mais forte dos líderes fez olhar de reprovação, mas não resistiu e seguiu o novo "comandante". O brasileiro gritava, em bósnio: "Três, dois, um". Os ultras respondiam: "Bósnia". O ritmo ia acelerando, e a voz de Marcelo ficando rouca.
A Nigéria abriu o placar ainda na etapa inicial e, perto do intervalo, a torcida começava a dar sinais de cansaço e desânimo. Nem a pausa para a cerveja os ajudou a recuperar a energia. No segundo tempo, a apatia do time causava problemas na arquibancada. Os líderes se desentendiam sobre qual deles deveria iniciar os cantos e que músicas deveriam ser puxadas. A cada minuto que passava, menos torcedores tinham forças para cantar. Mas Adnet não se entregava. Apenas quando faltavam cerca de dez minutos para o fim, o brasileiro começou a dar sinais de que a vibração não era eterna. Os jogadores não correspondiam, e a eliminação parecia certa.
A Nigéria abriu o placar ainda na etapa inicial e, perto do intervalo, a torcida começava a dar sinais de cansaço e desânimo. Nem a pausa para a cerveja os ajudou a recuperar a energia. No segundo tempo, a apatia do time causava problemas na arquibancada. Os líderes se desentendiam sobre qual deles deveria iniciar os cantos e que músicas deveriam ser puxadas. A cada minuto que passava, menos torcedores tinham forças para cantar. Mas Adnet não se entregava. Apenas quando faltavam cerca de dez minutos para o fim, o brasileiro começou a dar sinais de que a vibração não era eterna. Os jogadores não correspondiam, e a eliminação parecia certa.
O apito final do árbitro soou como um golpe para Marcelo. Desolado, sentou-se, levou as duas mãos ao rosto e começou a chorar. Nenhum outro torcedor chorou. Ninguém expressou tanto suas emoções quanto ele. Comovidos, os brutamontes foram, um a um, conversar e abraçar Adnet. Abraços firmes, fraternos, com um carinho sincero. Acima de tudo, cumprimentos de respeito e admiração.
O fim do jogo representou um novo drama para Marcelo Adnet. Torcedores brasileiros se amontoaram em volta dele pedindo fotos. Os olhos marejados não o impediram de sorrir e atender à maioria dos fãs. Uma amiga do humorista tentava conter a multidão, exigindo, muitas vezes com rispidez, respeito aos sentimentos de seu companheiro. O ilustre personagem se negava a deixar a arquibancada, mesmo diante da insistência de seus amigos. Na alegria e na tristeza, ele mostrou ser um torcedor de verdade.
O fim do jogo representou um novo drama para Marcelo Adnet. Torcedores brasileiros se amontoaram em volta dele pedindo fotos. Os olhos marejados não o impediram de sorrir e atender à maioria dos fãs. Uma amiga do humorista tentava conter a multidão, exigindo, muitas vezes com rispidez, respeito aos sentimentos de seu companheiro. O ilustre personagem se negava a deixar a arquibancada, mesmo diante da insistência de seus amigos. Na alegria e na tristeza, ele mostrou ser um torcedor de verdade.
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