Argentina volta a jogar mal, o quadrado mágico voltou a decepcionar, e o muro vermelho iraniano quase segurou os hermanos.
O JOGO
A festa estava armada mais uma vez, Mineirão vestido de azul e branco, torcida argentina em sua grande maioria, uma Argentina favorita enfrentava um frágil e inofensivo Irã. Na teoria, tudo perfeito, ná prática, não foi o que se viu em campo.
O primeiro teve sim, um domínio argentino, mas que não se converteu em gol, as chances criadas não foram tantas assim. Messi, parecia em transe, a cabeça estava em outro lugar, Dí Maria foi o jogador mais lúcido do time novamente.
Se no primeiro tempo, o goleiro Haghighi não foi exigido, os iranianos não disfarçaram em nenhum momento que o objetivo principal seria uma retranca, algo que ao menos nos primeiros 45 minutos funcionou.
Maradona, que esteve ausente da estréia no Maracanã, dessa vez marcou presença, mas até ele não imaginava o que estava por vir. Começa a segunda etapa, e o que se via era um Irã determinado a complicar de vez a vida da Argentina. Conforme os minutos passavam e os argentinos perdidos em campo não criavam nada, os Iranianos começavam a chegar em contra a taques rápidos e insinuantes. O goleiro Romero começava sua série de defesas. O camisa 16, Ghoochannejhad foi o responsável por organizar as melhores jogadas do Irã.
Parecia improvável, mas o Irã estava melhor no segundo tempo, Romero salvou a Argentina em pelo menos 4 oportunidades, vendo tudo isso á beira do gramado, Alejandro Savella decidiu mudar. Palacio e Lavezzi entraram nas vagas de Higuaín e Agüero, mas nada que tentavam em campo parecia ser o suficiente pra resolver o jogo. Quando tudo parecia ruim pros argentinos, surge uma polêmica na partida, em roubada de bola, Dejagah aproveita descuido de Zabaleta, parte pra dentro da área e sofre um toque sendo desarmado, não seria loucura se fosse marcado pênalti, mas talvez tenha faltado coragem ao árbitro.
Já havia subido a placa, nela dizia 4 minutos de acréscimos, a zebra pronta pra aprontar mais uma nesse mundial, quando ele, o eterno melhor do mundo, o espetácular Messi resolveu contribuir com um pouco de mágica ao jogo. Aos 46 ele recebe toque na ponta direita, e ao melhor estilo Messi parte pra dentro, livra a marcação, e num chute colocado, com curva faz mais um belo gol e dá a vitória e a classificação pra Argentina.
Ficou claro no jogo que a Argentina jogou mal, que o quadrado mágico de quase 1 bilhão não funcionou, mas que se você tem Messi, você tem quase tudo. Fica o consolo ao Irã de ter jogado de maneira honrosa, mas cada vez mais fica evidente que pra vencer é preciso ousadia, se os iranianos tivessem acreditado que pudessem vencer, algo que foi real na partida, talvez sua sorte teria sido outra.
Escrito por: Hernandes Oliveira
Twitter: @HernandesSP
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