Um, dois, três, viva a Argélia: torcida africana dá show, mas usa sinalizador

sinalizadores na torcida de Argélia e Rússia (Foto: Getty Images)

A Arena da Baixada transformou-se no Estádio 5 de julho de 1962, localizado em Argel, capital da Argélia. Nesta quinta-feira, quando os africanos passaram pela primeira vez às oitavas de final de um Mundial, os argelinos deram um verdadeiro show e dominaram a casa do Furacão. A festa foi tanta que até artefatos proibidos os africanos usaram. Ao comemorarem o gol do empate, sinalizadores foram acesos na arquibancada. O objeto é um dos itens vetados pela FIFA.

Mas tudo começou antes mesmo de a bola rolar. Os gritos de "one, two, three, viva L' Algerie" (um, dois, três, viva a Argelia) foram escutados incessantemente desde a parte externa da Baixada, e principalmente depois do apito inicial. Nem mesmo primeiro gol do jogo, marcado por Kokorin, aos cinco minutos da etapa inicial, foi capaz de acalmá-los. Lançavam mão de variadas coreografias, até arriscavam outros cânticos, mas o "one, two, three, Viva L'Argelie" sobressaía.

O gol de Kokorin, porém, mostrou que havia um equilíbrio em relação às torcidas. A argelina, porém, estava mais concentrada. Posicionaram-se às esquerda da tribuna de imprensa e, por terem se agrupado, foram mais barulhentos. A abertura do placar, porém, fez russos sentados em diferentes setores se levantarem.

Os argelinos, porém, perderam a simpatia dos brasileiros na etapa inicial quando não deram continuidade à primeira grande ola feita no estádio. Houve uma segunda tentativa, e a maioria dos africanos seguiu sentada em seus assentos. Os gritos de Rússia, em português, ganharam eco, e as vaias foram constantes.

Torcida da Argélia na Arena da Baixada (Foto: Fernando Freire)

Gol de empate resulta em fumaça e domínio argelino 

Na volta do intervalo, os argelinos mantiveram a animação dos 45 minutos iniciais, explodiram mesmo a partir dos 14 minutos, quando Slimani fez o gol da classificação. O "one, two, three" ficou mais alto. E um fumacê impressionante foi provocado por sinalizadores da torcida argelina. Detalhe: o artefato é proibido.
O gol, além de ter sido a senha para os argelinos seguirem gritando durante todo o jogo, foi fundamental para que a Rússia passasse a ser vaiada a cada toque na bola. Viraram os donos da casa. Os russos já se sentiam como visitantes e exibiam grande nervosismo. Não completavam mais as jogadas que geralmente concluíam na etapa inicial.

A Arena da Baixada viveu o segundo grande domínio de uma torcida nesta Copa. Depois da equatoriana, nos 2 a 1 sobre Honduras, a argelina fez o caldeirão da Baixada pulsar. O apito final proporcionou festa de título. Jogadores e torcedores choraram muito em dia inesquecível para um pátria independente há 52 anos. De arrepiar!

0 Response to "Um, dois, três, viva a Argélia: torcida africana dá show, mas usa sinalizador"

Postar um comentário

Não serão permitidas palavras de baixo calão, xingamentos e palavrões. Sendo assim, os comentários passarão pelos administradores, antes de serem publicados.