
Pablo Álvarez, o Bebote, um dos mais temidos barras bravas argentinos, enfim, foi preso pela Polícia Federal neste sábado, dentro do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, durante o jogo entre Argentina e Bélgica, pelas quartas de final da Copa do Mundo.
Bebote era um dos torcedores impedidos de entrar no Brasil para assistir às partidas do Mundial, em lista enviada pelo governo da Argentina, ainda antes do início da competição, às autoridades brasileiras.
Segundo a assessoria da Polícia Federal confirmou ao ESPN.com.br, Bebote será imediatamente deportado. Ao ser detido em Brasília, o argentino, estava novamente disfarçado, desta vez, com uma camisa do Flamengo. Conforme divulgou a Coordenação do Estádio Nacional, o torcedor foi levado para o Aeroporto Internacional de Brasília. Outro barra-brava também foi preso, porém, continua no estádio.
Na última terça-feira, no confronto entre Argentina e Suíça na Arena Corinthians, em São Paulo, Bebote também havia driblado a segurança e entrado no estádio, caracterizado como um torcedor suíço. Segundo o jornal ‘La Nación', ele também assistiu ao jogo contra a Nigéria, no Beira-Rio.
O histórico de Pablo "Bebote" Álvarez é peculiar. Foi o chefe da extinta Hinchadas Unidas Argentinas (HUA), que reunia as organizadas do país para torcer pela seleção. Prometeu se candidatar à presidência do Independiente. Dizem ter sido o responsável pela inexplicável cena de cachorros enforcados nas redondezas do Estádio Libertadores da América com a queda inédita do clube à segunda divisão, em ameaça aos jogadores.
Para alimentar a fama, constantemente aparece com máscaras ou de capuz. Em outra oportunidade, abordou o secretário administrativo do Independiente, Claudio Cancio, dizendo que a torcida queria "pegá-lo". Na semana seguinte, o dirigente viu sua família ser mantida refém por uma hora, em roubo que lhe tomou 5 mil dólares. Cancio culpou os barras bravas. É Bebote quem controla a venda de ingressos do clube no mercado paralelo.
Pablo Álvarez negocia com ambulantes nos arredores do estádio do Independiente e permite o trabalho dos flanelinhas. Possui vasta coleção de camisas graças à amizade com jogadores. Medalhas de competições só dadas ao elenco também vão parar em suas mãos, como presentes. É investigado em seu país por acusação de coagir atletas. E certa vez jurou dar três tiros - dois na perna direita e um nos testículos - em Fabián Vargas se este fosse atuar no arquirrival Racing.
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