RODRIGO FABRI, o camisa 10 da tragédia atleticana


Se em 2012 o  Atlético-MG tem Ronaldinho Gaúcho como sua principal estrela e fazendo o papel do camisa 10, mesmo jogando com a 49. 

Sete anos atrás, quem vestia a camisa 10 do galo era a promessa do futebol brasileiro Rodrigo Fabri, vice-campeão brasileiro com a Portuguesa em 1996.

Hoje, dedicado aos ramos da pecuária e da construção civil, o ex-jogador lamenta o desempenho ruim no clube e culpa os jogadores e a diretoria pelo fim trágico de sua passagem, com o rebaixamento para a Segunda Divisão, em 2005.

“O rebaixamento foi uma série de erros. O Atlético começou o ano com o Procópio e depois do Campeonato Mineiro vieram muitos treinadores. Num tempo de um ano é insuportável isso. Vários jogadores novos chegando no meio do campeonato e mudança de técnico constante. Nós jogadores tivemos uma parcela grande de responsabilidade na queda, mas a diretoria do Atlético, no período, pecou bastante também”, concluiu Rodrigo.

O rebaixamento do Atlético-MG era esperado, tanto que um ano antes da tragédia, o time se salvou da segunda divisão na última rodada.

“Em 2004, tivemos uma jogo contra o São Caetano que nos livrou do rebaixamento. Foi maravilhoso por tudo o que passamos. No geral, cometemos os mesmos erros do ano anterior e caímos no ano seguinte. Ficou essa mancha dentro do peito. O Atlético foi um dos clubes que mais gostei de jogar. No entusiasmo do torcedor, eu tentava reagir dentro de campo. Mas, infelizmente, em 2005, não consegui ajudar a equipe na permanência na Primeira Divisão”, lamentou.

Em 2004 quando o Atlético-MG venceu o São Caetano por 3x0 no Mineirão e se salvou do rebaixamento, alguns chegaram a cogitar que o galo havia comprado a partida, uma vez que o São Caetano não aspirava mais nada no brasileirão e o galo necessitava da vitória.

“Nunca na minha vida como profissional presenciei ou escutei alguma coisa pequena assim. É muito difícil manter um segredo como esse. São Caetano e Atlético não guardariam esse segredo. Nunca presenciei e nunca vivi isso no futebol. Fora aquela máfia do apito, eu não vi outra coisa assim. Não tem como isso ficar em segredo. Não houve ‘armação’ nenhuma”, afirmou. 

Rodrigo Fabri ainda fala sobre marcar gols contra o Cruzeiro, arquirrival do Atlético-MG. Por coincidência, a raposa é o clube que mais sofreu gols de Rodrigo Fabri.

“Eu sempre marquei muitos gols contra o Cruzeiro. Foi o clube em que eu mais marquei gols. Mas tinha o peso de fazer com a camisa do Atlético sobre o rival. Fiz um gol de cabeça e esse gol foi marcante para mim. A torcida brincava sempre e cobrava esse gol”, lembrou.

O auge da carreira de Fabri foi no Grêmio, em 2002, quando foi um dos artilheiros do Brasileirão, ao lado de Luís Fabiano (São Paulo). O fim da carreira de Fabri foi em 2010,o excesso de lesões antecipou a despedida dos gramados.

O certo é que a torcida do Atlético-MG não irá e não sente nenhuma falta de Rodrigo Fabri, esse ai não entra nos rótulos de ídolo da massa atleticana.


Por: Jason, Belo Horizonte
Twitter: @_JasonGalo

0 Response to "RODRIGO FABRI, o camisa 10 da tragédia atleticana"

Postar um comentário

Não serão permitidas palavras de baixo calão, xingamentos e palavrões. Sendo assim, os comentários passarão pelos administradores, antes de serem publicados.