PÓS JOGO ARGENTINA 1 X 0 SUÍÇA (PRORROGAÇÃO)

A SELEÇÃO ARGENTINA FOI MAIS UMA A LEVAR SUFOCO, MAS TAMBÉM SE GARANTIU NAS QUARTAS DE FINAL.



   Foi suado, foi sofrido, foi dramático, parecia tema de um tango famoso, mas pelo menos dessa vez, o final foi feliz. Com gol de Dí Maria nos acréscimos da prorrogação, os Argentinos se classificaram.


   Os suíços que armaram uma retranca muito eficiente, e de quebra levou mais perigo o jogo todo, sofreram o castigo quando todos já se preparavam para as cobranças de pênaltis.





   Não há Copa do Mundo sem drama, não há vaga sem suor, e não há, na página dos mundiais, locais para os fracos. Mesmo em uma oitavas de finais, é necessário ter, além de futebol, aquele algo mais que muitas vezes é difícil definir: coração. E sorte. E, por que não, fé?



A Argentina teve tudo isso. Lutou no tempo normal e na prorrogação. E foi premiada! Di María, o herói do jogo. Foi dele o gol, faltando três minutos para terminar o jogo na prorrogação. Ele recebeu de Messi e foi fatal: 1 a 0! Mas o sofrimento durou até o final. Teve bola na trave, gol perdido de forma incrível pela Suíça e reza até o fim — fácil, talvez, para quem tem o Papa nascido em seu país. Ah, e teve choro, mas de alegria dos argentinos pela vaga dramática obtida em São Paulo.
O desafiante da Argentina nas quartas de final sairá do jogo entre Bélgica x Estados Unidos que, às 17h, duelam na Fonte Nova, em Salvador. A partida da próxima fase ocorre dia cinco, em Brasília.
   Quem esperava ver Messi brilhando na primeira etapa, viu que Romero também é fundamental para a fragilidade do meio-campo da Argentina. Se a bola ficou mais tempo nos pés dos hermanos, ela também passou bastante pelas mãos do camisa 1 argentino.
   Shaqiri, atacando pelo lado direito, infernizou Rojo e Gago. Uma das grandes chances da Suíça surgiu através do meia. Ele rolou na entrada da área para Drmic, que finalizou para grande defesa de Romero, aos 27 minutos. Na sequência, o mesmo atacante suíço entrou cara a cara com o goleiro argentino e aí, ao invés de simplificar e finalizar com firmeza, tentou uma cavadinha e facilitou a vida do goleiro.
   O Messi? Ele tentou, bastante. Partia com a bola da intermediária de ataque, sempre do lado esquerdo, mas também muito marcado. Dois estavam diretamente na sua caça, e pelo menos um ficava na sobra. Até triangulou bem com Di María, mas a linha de cinco dos suíços na entrada da área evitou que o camisa 10 pudesse brilhar na primeira etapa.
   Se a Argentina ia ao ataque pela esquerda com Messi, Di María, Lavezzi e companhia, a Suíça respondia com contragolpes perigosos, especialmente com Shaqiri e Drmic. Mas isso foi apenas no princípio da segunda etapa, porque a bola ficava bem mais perto do gol suíço, claro.

   O ferrolho suíço na frente da área seguia intacto, praticamente instransponível. Quando era ultrapassado, lá estava Benaglio para defender, como em cabeçada perigosa de Higuaín, veja só(!), que o goleiro fez belíssima intervenção.

   Benaglio, inclusive, fez outra brilhante defesa, desta vez parando Messi em uma das raras oportunidades em que o craque argentino não estava acompanhado por dois, ou até três marcadores. Com um time atacando com dificuldades, e outro se defendendo com extrema qualidade, a prorrogação foi inevitável.
   Por cansaço ou não, fato é que a Argentina diminuiu o ritmo e aí fez a Suíça acreditar que poderia marcar na prorrogação. Mas, claro, sem deixar três em cima do Messi, o tempo todo. Ok, os suíços não criaram nenhuma chance de gol, mas deixaram os argentinos preocupados na sua defesa. 

   Mas o futebol premia, às vezes, quem tenta, quem briga. Messi tentou, Di María também. E faltando três minutos, o camisa 10 bate dois marcadores, rola para Di María e ele é cirúrgico para bater no canto e dar a vaga dramática para a Argentina! 1 a 0.
   E foi ainda mais dramática porque os três últimos minutos foram de um gol incrivelmente perdido por Dzemali, que apanhou um rebote na peque área após bola na trave e não soube fazer o gol. E Shaqiri, então, que cobrou falta no último minuto, quando até o papa Francisco estava dentro do gol para tirar. A bola não entrou, e a festa argentina (e o choro) tomaram conta da Arena Corinthians!

ARGENTINA - Romero; Zabaleta, Fernandez, Garay e Rojo; Mascherano, Gago, Di Maria e Messi; Lavezzi e Higuaín. Técnico: Alejandro Sabella.

SUÍÇA - Benaglio; Lichtsteiner, Djourou, Schaer e Rodriguez; Behrami e Inler; Shaqiri, Xhaka e Mehmedi; Drmic. Técnico: Ottmar Hitzfeld.

ÁRBITRO - Jonas Eriksson (Suécia)
ASSISTENTES - Mathias Klasenius e Daniel Warnmark 

Escrito por: Hernandes Oliveira
Twitter: @HernandesSP

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